segunda-feira, 8 de julho de 2013

RECONHECENDO O TEMPO DO FIM – PARTE 52

A LINHAGEM DO SANGUE REAL DOS MEROVÍNGIOS: A MENTIRA CRÍTICA SEM A QUAL O ANTICRISTO NÃO PODERÁ PROVAR QUE DESCENDE DO REI DAVI






O gnosticismo contra o qual os apóstolos lutaram nos tempos da igreja primitiva não somente está de volta, mas é a base do movimento que está preparando o aparecimento do Anticristo. Este artigo analisa a obscura crença ocultista que Jesus teve um filho com Maria Madalena, que mais tarde supostamente cruzou com a dinastia dos reis merovíngios franceses e tornou-se o progenitor de diversas famílias reais. As implicações para o Anticristo vir de uma casa real européia e reivindicar ser descendente do rei Davi são tremendas.

O Messias Virá do Trono do Rei Davi 

"Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isso." [Isaías 9:7].
"O SENHOR jurou a Davi com verdade, e não se desviará dela: Do fruto das tuas entranhas porei sobre o teu trono." [Salmos 132:11].
"… então um trono será estabelecido em benignidade, e sobre ele no tabernáculo de Davi se assentará em verdade um que julgue, e que procure a justiça e se apresse a praticar a retidão." [Isaías 16:5].

O Messias/Redentor prometido a Israel virá da linhagem sanguínea do rei Davi! Os versos anteriores são apenas alguns dos inúmeros que prometem que o Messias virá de Davi; por essa razão, o capítulo 1 de Mateus apresenta a linhagem de Jesus, ininterrupta até o rei Davi. Como essa linhagem é tão importante, é apresentada no primeiro capítulo do primeiro Evangelho. Como todo judeu estudioso das profecias sabia muito bem, o Messias viria de Davi. Veja o primeiro verso de Mateus 1:

"Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão." [Mateus 1:1].

Os judeus religiosos de hoje também compreendem que o Messias pelo qual ainda esperam deve vir do trono de Davi. Dessa forma, antes de aceitarem a alegação de qualquer pessoa que afirme ser o Anticristo, exigirão uma genealogia que "comprove" que a pessoa que afirma ser o Messias judaico seja verdadeiramente da casa de Davi. Esse requisito é uma obrigação excelentíssima, amigos! Quando você também associa esse requisito à profecia que diz que o Anticristo deve vir do Império Romano Restaurado [Daniel 9:27], percebe o incrível obstáculo que se interpõe a qualquer pessoa que esteja pensando em encenar tal aparecimento no cenário mundial.

Pergunta: Como um gentio "comprova" sua linhagem judaica até o rei Davi?

Resposta: Por meio da invenção da mentira chamada de genealogia da linhagem merovíngia!

Antes de começarmos nosso estudo, lembre-se de um fato: se o Anticristo conseguir de alguma forma vincular sua genealogia à de Jesus Cristo, estará livre para ligá-la ao rei Davi!
A mentira chamada de "genealogia da linhagem merovíngia" realiza essa façanha. Essa é a mentira que permitirá que o Anticristo conecte sua genealogia à de Jesus Cristo e, assim, ao rei Davi. Veja agora uma definição sucinta dessa linhagem:
"A linhagem merovíngia se remete a Jesus e a seus descendentes, ou seja, a Maria Madalena e aos filhos que ela concebeu. Essa linhagem foi ameaçada pela Igreja Católica, de modo que a verdade precisou ser escondida. O Priorado de Sião foi designado para proteger a informação a respeito dessa linhagem." ["Jesus, Maria e Da Vinci", documentário da Rede ABC, transmitido em 3/11/2003 na televisão americana].
Vamos agora iniciar nosso estudo.
Gnosticismo — A Doutrina Satânica Renascida
Na Parte 1 (não traduzida), mostramos os detalhes desse documentário da ABC, "Jesus, Maria e Da Vinci"; uma grande parte do argumento deles que Jesus não morreu, mas casou-se com Maria Madalena — com quem teve um filho — exigiu que eles se desviassem das Escrituras. O argumento extrabíblico que foi acrescentado veio dos "evangelhos gnósticos". Esses "evangelhos" aparentemente mostram que Jesus era repetidamente muito carinhoso com Maria Madalena, beijando-a em determinadas partes do corpo a ponto de irritar os discípulos.
A parte realmente enganosa desse programa da ABC é que eles apresentaram esses evangelhos gnósticos como se tivessem um peso de autoridade equivalente aos quatro Evangelhos da Bíblia Sagrada! Eles o citaram exatamente como um cristão genuíno citaria a Bíblia e apresentaram "estudiosos da Bíblia" que examinaram o significado de certas palavras na língua grega original, assim como os estudiosos, professores e pregadores protestantes da Bíblia fazem há séculos. O resultado final é que muitas pessoas que não conhecem suas Bíblias e não possuem discernimento serão provavelmente ludibriadas a pensar que esses evangelhos gnósticos são tão genuínos quanto a Bíblia verdadeira.
Assim, permita-nos começar nosso estudo examinando os gnósticos para que você possa apreciar o terrível e blasfemo material satânico que foi apresentado pela Rede ABC de Televisão.

O Gnosticismo Segundo a Doutrina Satânica

"O nome gnóstico significa sabedoria ou conhecimento, e deriva do grego gnosis. Os membros da ordem afirmavam estar familiarizados com as doutrinas secretas do cristianismo primitivo. Eles interpretavam os mistérios cristãos de acordo com o simbolismo pagão. As informações secretas e os dogmas filosóficos deles eram guardados dos profanos e ensinados a um pequeno grupo formado apenas por pessoas especialmente iniciadas." [The Secret Teaching of All The Ages, de Manly P. Hall, maçom do Grau 33, The Philosophical Research Society, 1988, página XXV; ênfase no original].

Jesus ensinou todos os princípios do reino de Deus abertamente. Veja a explicação dele:

"Respondeu-lhe Jesus: Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam, e nada falei em oculto." [João 18:20].
Em outras passagens, a Bíblia declara que o reino de Cristo era "dado gratuitamente".

"Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?" [Romanos 8:32].
"Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus..." [1 Coríntios 2:12].

Entretanto, o reino de Satanás NÃO é dado gratuitamente; ao contrário, as doutrinas secretas que constituem o reino do Diabo sempre são escondidas do público, e entregues somente a poucos escolhidos. Por essa razão, essas doutrinas malignas sempre apelaram à natureza esnobe dos homens orgulhosos. Já que a maioria dos líderes naturais tem muito orgulho de si mesmos, esse apelo ao seu orgulho — ou seja, que eles conhecerão coisas ocultas aos "profanos", às pessoas comuns — tem sido bem-sucedido em atrair os homens não redimidos às sociedades secretas de todas as eras nos últimos 4.000 anos.
Aqui, o autor maçom Manly P. Hall acaba de dizer que o gnosticismo "era guardado dos profanos e ensinado a um pequeno grupo formado apenas por pessoas especialmente iniciadas." Esse fato torna o gnosticismo uma sociedade secreta ocultista, antes mesmo de chegarmos às suas doutrinas blasfemas!
Observe também que os gnósticos afirmavam conhecer "as doutrinas secretas" do cristianismo, ou seja, uma "religião de mistérios". Como sempre, Satanás seduz os não salvos com promessas de que o cristianismo contém "doutrinas secretas", já que essa é sua forma de contornar a verdade irrefutável da Bíblia! Assim como Satanás sussurrou nos ouvidos de Eva: "É assim que Deus disse?", assim também sussurra nos ouvidos dos membros das sociedades secretas: "Deus não disse realmente isto"! Ou está dizendo aos poucos escolhidos: "Estas doutrinas estão escondidas das massas, pois Deus sabia que não poderia revelá-las às pessoas comuns".
Portanto, o ocultismo tem "doutrinas secretas", "evangelhos secretos" e os "anos secretos da vida de Jesus Cristo", todos oferecidos com o intuito de contornar os verdadeiros ensinos da Bíblia Sagrada.
Finalmente, observe que os gnósticos interpretavam a verdadeira Escritura "de acordo com o simbolismo pagão". Em outras palavras, reinterpretavam a doutrina-chave cristã de acordo com as satânicas crenças e doutrinas pagãs, uma prática vil chamada de "sincretismo". O simbolismo deles, portanto, refletia essas crenças pagãs. Deus proíbe expressamente misturar Sua Verdade com a mentira de Satanás! Tal prática é chamada de "fermento", ou seja, de doutrina falsa. Veja o que o apóstolo Paulo escreveu sobre o fermento: 

"Um pouco de fermento leveda toda a massa." [Gálatas 5:9].

O apóstolo Paulo lutou duramente contra a heresia gnóstica em suas epístolas, pois percebeu que essa doutrina perverteria toda a concepção de fé e definitivamente desviaria toda a igreja. Você verá um bom exemplo dessa realidade nesta nossa discussão. Sem a doutrina gnóstica chamada de linhagem merovíngia, o Anticristo não poderia surgir, o que demonstra o quão importante o gnosticismo era e ainda é para Satanás.
Agora, vamos retornar ao maçom do Grau 33 Manly P. Hall para obtermos mais informações sobre o gnosticismo:
"Simão Mago, famoso devido ao Novo Testamento, é frequentemente considerado o fundador do gnosticismo…" [Ibidem].
Agora, essa é uma notícia quente, de fato! O mago Simão foi o fundador do gnosticismo! Vemos o mago Simão quando ele entra em conflito com os apóstolos Pedro e João. De fato, Simão era um feiticeiro, um praticante do satanismo, e quando viu os apóstolos realizando milagres que ele sabia que não poderia realizar, assumiu que os apóstolos realizavam aqueles milagres exercendo um grau mais elevado do ocultismo que ele conhecia; esse foi o mesmo erro que os fariseus cometeram quando viram Jesus realizando Seus milagres, ao assumirem que Ele invocava Seus poderes diretamente de Belzebu, um dos príncipes de Lúcifer [Marcos 3:22; Lucas 11:15-19; Mateus 12:24-27]. Jesus condenou essa idéia tão fortemente que criou uma nova categoria de pecado, o pecado imperdoável! Porém, o próprio fato de os fariseus chegarem a essa conclusão demonstra a realidade que eles eram membros de uma sociedade secreta [leia a série de dois artigos "Sociedades Secretas Mataram o Senhor Jesus Cristo"].
Após o mago Simão "crer e ser batizado" (Atos 8:9-13), ofereceu dinheiro para comprar a sabedoria oculta por meio da qual os apóstolos realizavam milagres, ao que Pedro prontamente respondeu:
"O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus." [Atos 8:20-21].
Assim sendo, muito embora Simão tenha "crido" e sido batizado, seu coração ainda não era reto diante de Deus. Muitos estudiosos da Bíblia acreditam que o arrependimento e a profissão de fé de Simão nunca foram genuínos, mas apenas foram dados para que ele pudesse se aproximar dos apóstolos e compreender a fonte do seu poder secreto. A tradição afirma que Simão retornou aos seus antigos caminhos após fracassar em adquirir a fonte do poder dos apóstolos. Veja:
"Embora um ou outro erudito possa falar favoravelmente de Simão, geralmente supõe-se que ele foi de mal a pior, opondo-se aos apóstolos e à doutrina cristã e enganando muitas cidades e províncias por meio de suas operações mágicas." — [Comentário de Adam Clarke].
Essa afirmação deve estar correta, pois aqui vemos o autor maçom de maior autoridade no século XX, Manly P. Hall, declarar que o mágico Simão foi o fundador da sociedade secreta conhecida como gnosticismo.
Vamos agora examinar alguns dos dogmas do gnosticismo para que você possa ver a maneira terrível pela qual ele busca ferir a fé simples e preciosa que temos em Cristo Jesus, nosso Senhor. Você verá a terrível influência que um homem pode sofrer ao entregar-se ao poder do "maligno", pois o mágico Simão desenvolveu uma falsificação muito astuta do cristianismo, criando doutrinas que permitirão ao Anticristo surgir. Verdadeiramente, alguns homens exercem muito poder, mesmo a partir de seus túmulos!

As Doutrinas Gnósticas

Permita-nos examinar as doutrinas gnósticas para que você possa ver quão perniciosas e anticristãs elas realmente são. Novamente, recorremos a Manly P. Hall:
"Os gnósticos estavam divididos em suas opiniões quanto ao Demiurgo, ou criador dos mundos inferiores... Um grupo de gnósticos era da opinião que o Demiurgo era a causa de toda miséria e uma criatura maligna... Alguns gnósticos eram da opinião que o Deus judaico, Jeová, era o Demiurgo. Esse conceito, sob um nome sutilmente diferente, aparentemente influenciou o rosacrucianismo medieval, que via Jeová como o Senhor do universo material, em vez de a Divindade Suprema..." [The Secret Teaching of All The Ages, de Manly P. Hall, maçom do Grau 33, The Philosophical Research Society, 1988; ênfase no original].
Você consegue imaginar a blasfêmia inerente nessa doutrina? Com essa crença, os gnósticos cumprem a profecia bíblica, a crença que o Anticristo apresentará ao mundo: colocar o Deus Todo-Poderoso — Jeová Deus — no nível de um deus inferior que criou apenas os "mundos inferiores". O que prediz a profecia a respeito do Anticristo? 

"E o rei fará conforme lhe aprouver; exaltar-se-á, e se engrandecerá sobre todo deus, e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas; e será próspero, até que se cumpra a indignação: pois aquilo que está determinado será feito." [Daniel 11:36].

Obviamente, a Maçonaria ensina exatamente a mesma coisa a respeito de Jesus, exceto pelo fato de ir um passo além ao dizer que um deus inferior criou Jesus! Veja o que escreveu Albert Pike:

"Comunicando movimento ao Caos, ela (a Mãe dos Vivos) produziu Ialdabaoth, o Demiurgo, Agente da Criação Material... Iadalbaoth, para se tornar independente de sua mãe, e para se tornar o Ser Supremo, criou o mundo e o homem à sua própria imagem... a imagem de Iadalbaoth refletida na matéria tornou-se o Espírito da Serpente, Satanás, a Inteligência Maligna. Eva, criada por Iadalbaoth..." [Morals and Dogma, Albert Pike, Ensinos do 26º grau, Príncipe da Misericórdia, pág. 563].
Novamente, vemos uma ocorrência em que a Maçonaria prova-se idêntica a todos os mistérios satânicos, exatamente como Pike se vangloria (pág. 624, 28º grau). Eles ensinam a doutrina do Demiurgo e outras "coisas espantosas contra o Deus dos deuses". Além disso, Pike prossegue elogiando os "gnósticos cristãos".
Após abordar as crenças específicas de diversos grupos "gnósticos cristãos", Pike declara a crença comum de todos eles:
"... não há dúvida que todas as facções gnósticas tinham seus mistérios e uma iniciação. Todas afirmavam possuir uma doutrina secreta, recebida diretamente de Jesus Cristo, diferente daquela dos Evangelhos e epístolas, e superior àquelas comunicações que, aos seus olhos, eram meramente exotéricas. Essa doutrina secreta não era comunicada a qualquer um... menos de um em cada grupo de mil a conheciam." [Ibidem, pág. 542].
Agora, vamos retornar a Manly P. Hall para vermos mais "coisas espantosas" em que os gnósticos acreditavam. Prepare-se para um choque:
"Para os gnósticos, o Cristo era a personificação do Nous, a Mente Divina, e emanava dos Aeons espirituais superiores. Ele desceu ao corpo de Jesus no batismo e o abandonou novamente antes da crucificação. Os gnósticos declaravam que o Cristo não foi crucificado, pois o Nous divino não poderia sofrer a morte, mas que Simão, o cireneu, ofereceu sua vida e o Nous, por meio de seu poder, fez Simão aparentar ser Jesus." [Hall, op. cit., pág. XXVI].
Esse ensino é definitivamente anticristão, pois separa o corpo físico de Jesus de Seu espírito, aqui chamado de "espírito da consciência do Cristo". Voltando a Albert Pike, vemos que a Maçonaria ensina exatamente a mesma falsa doutrina. O homem Jesus, segundo esse "fermento", não havia percebido que era o Messias até Seu batismo. Quando a pomba desceu do céu, isso foi um símbolo de que a "consciência crística" tinha vindo sobre Ele, e Ele percebeu que era o Messias judaico. Entretanto, esse espírito da "consciência crística" O abandonou antes da crucificação. Novamente, enfatizamos que esse é um ensino anticristão. Veja:
"Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo." [1 João 4:2-3].
Agora você sabe firmemente que o gnosticismo é claramente o espírito e a doutrina do Anticristo! Mantenha isso em mente ao contemplar o fato de que o documentário da ABC cita positivamente os "evangelhos gnósticos" em seu ardente desejo de "provar" a genealogia da linhagem merovíngia que permitirá que o Anticristo apareça.

Explicação da Linhagem Merovíngia

No documentário, a apresentadora da ABC, Elizabeth Vargas, entrevistou Henry Lincoln, um dos co-autores do livro-chave sobre a linhagem merovíngia intitulado "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada" . Conforme destacamos anteriormente, durante essa entrevista, Vargas afirmou sucintamente todo o argumento do livro de Lincoln. Muito embora tenhamos citado essa definição na primeira parte, permita-nos repeti-la aqui; esta é a definição resumida, porém completa, da mentira sobre essa linhagem:
"A linhagem merovíngia se remete a Jesus e a seus descendentes, ou seja, Maria Madalena e os filhos que ela concebeu. Essa linhagem foi ameaçada pela Igreja Católica e a verdade precisou ser escondida. O Priorado de Sião foi designado para proteger a informação sobre essa linhagem." [Vargas] Lincoln confirmou entusiasticamente que Vargas "estava certa"! Ela havia entendido.
Uma vez que o documentário cita positivamente Lincoln em seu livro "O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", peguei o volume em minha estante e reli os três últimos capítulos, já que esses são os capítulos conclusivos que fazem a ligação de todos os elementos distintos. O que descobri é que Lincoln foi muito mais firme em sua aparição no documentário da ABC em 3 de novembro de 2003 do que em seu livro, publicado em 1982! No livro, vemos muitas ocasiões em que Lincoln usa palavras não conclusivas, como "pode ser, talvez, possivelmente e ainda não comprovado".
Por que o documentário da ABC seria tão mais positivo acerca da realidade da linhagem merovíngia do que o livro publicado 21 anos atrás? Por que Lincoln seria tão mais firme nesse documentário do que em seu livro? A única diferença em que podemos pensar é que o aparecimento do Anticristo está muito mais próximo hoje do que estava em 1982, e chegou a hora de condicionar as pessoas para que acreditem nessa mentira.
Já que esse livro é tão essencial, permita-nos examinar alguns excertos fundamentais:
Jesus Não Foi Crucificado
"Se a família de Jesus realmente encontrou refúgio na Gália, seus senhores, por volta do século V, eram os visigodos arianos... Com o patrocínio e a proteção dos visigodos, ela teria se mantido segura contra todas as ameaças de Roma... Dagoberto II casou-se com uma princesa visigoda cujo pai se chamava Bera... Apesar do pacto entre a Igreja e Clóvis, os merovíngios sempre haviam sido simpatizantes do arianismo... A imagem ariana de Jesus não discordava daquela do Alcorão. Jesus é mencionado no Alcorão mais de trinta e cinco vezes, sob uma variedade de denominações impressionantes, incluindo Mensageiro de Deus e Messias. Mas em nenhum ponto ele é considerado algo além de um profeta mortal, um antecessor de Maomé e porta-voz de um único Deus supremo. Da mesma forma que Basilides e Mani, o Alcorão afirma que Jesus não morreu na cruz: 'Eles não o mataram, nem o crucificaram, mas pensaram que fizeram isso'... houve um substituto — tido geralmente, embora nem sempre, como sendo Simão Cireneu. Alguns escritores muçulmanos descrevem Jesus se escondendo em um nicho de uma parede e assistido à crucificação de um doublé — o que harmoniza com o fragmento já citado dos manuscritos de Nag Hammadi." ["O Santo Graal e a Linhagem Sagrada", págs. 326-7.

O Judaísmo e os Merovíngios

"As heresias, então, nos forneciam uma confirmação não decisiva de uma conexão entre a família de Jesus e os merovíngios, que apareceram no cenário mundial uns quatro séculos depois... As evidências pareciam escassas à primeira vista. Já havíamos considerado o nascimento lendário de Meroveu, por exemplo — filho de dois pais, um dos quais seria uma misteriosa criatura aquática de além-mar... O simbolismo do peixe era sugestivo, mas não conclusivo... E embora o sangue real merovíngio fosse considerado de natureza sagrada, milagrosa e divina, não estava explícito em nenhum lugar que esse sangue era, na realidade, o de Jesus." [pág. 327].
No documentário, Lincoln apresentou firme e positivamente a hipótese de que a primeira rainha dos merovíngios foi engravidada por uma "criatura-peixe vinda do mar", que ele disse ser claramente representativa do símbolo do peixe que os cristãos primitivos usavam como identificação. O espectador fica com a impressão de que Lincoln considera essa lenda um tanto verídica, ou seja, que essa lenda merovíngia substancia que Jesus era a "criatura-peixe" e Maria Madalena foi a primeira rainha merovíngia.
Lincoln prossegue em seu livro:
"Os fragmentos eram provocantes, mas angariavam um suporte muito tênue para nossa hipótese de que uma linhagem descendente de Jesus existiu no sul da França, de que esta linhagem se cruzou com a merovíngia e de que, como conseqüência, os merovíngios eram parcialmente judeus." [pág. 329] — Novamente, Lincoln é muito cauteloso em seu livro, mas foi muito firme no documentário da ABC.
"Jesus era da tribo de Judá e da casa real de Davi. Madalena teria levado o cálice — o "sangraal", ou "sangue real" — para a França. E no século VIII havia, no sul da França, um potentado da tribo de Judá e da casa real de Davi, considerado rei dos judeus. Mas ele não era somente um judeu praticante. Era também merovíngio. E no poema de Wolfram von Eschenbach, ele e sua família eram associados ao cálice sagrado... E em 1165-66, Benjamin de Tudela, um famoso viajante e cronista, registrava que em Narbone existiam 'sábios, magnatas e príncipes, à cabeça dos quais está... um descendente da casa de Davi, como se vê em sua árvore genealógica." [pág. 334].
"Santo Graal" = Ventre de Maria Madalena
"Se nossa hipótese estiver correta, o cálice sagrado representava, simultaneamente, pelo menos duas coisas. Por um lado, ele teria sido a linhagem sanguínea e os descendentes de Jesus — o 'sang raal', ou 'sangue real', do qual os Templários foram nomeados guardiões. Ao mesmo tempo, o cálice pode ter sido, literalmente, o receptáculo que recebeu e conteve o sangue de Jesus. Em outras palavras, poderia ser o útero de Madalena — e, por extensão, a própria Madalena. A partir disso teria surgido o culto a Madalena, na forma como foi promulgado na Idade Média, e ele teria sido confundido com o culto à Virgem. Pode-se provar, por exemplo, que muitas das famosas 'Virgens Negras' ou 'Madonas Negras', do início da era cristã, eram ícones da Madalena e não da Virgem — e eles retratam uma mãe com o filho. Em Le Serpent Rouge, as catedrais góticas — aquelas pedras majestosas, réplicas do útero, dedicadas a Notre Dame — são também consideradas homenagens à consorte, e não à mãe de Jesus... Assim, o cálice sagrado teria simbolizado tanto a linhagem sanguínea de Jesus quanto Madalena, de cujo útero surgiu essa linhagem." [Ibidem, pág. 339].
Durante o documentário, esse ponto foi frisado, conforme Vargas recorria repetidamente à pintura "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci para "provar" que Maria Madalena foi o "receptáculo" do sangue de Jesus porque carregava o filho dele! Lembre-se, na literatura ocultista o "Santo Graal" é entendido como o cálice que Jesus usou na última ceia e que foi levado à crucificação para recolher um pouco do sangue de Jesus, conforme ele escorria pela cruz. A "virada radical" que o livro e o documentário fazem é argumentar que, em vez de ser um cálice, o Santo Graal era, na verdade, Maria Madalena carregando o filho de Jesus quando fugiu para o que hoje é o sul da França.
Buscando Provar o Argumento
"Em 70 DC, durante a grande revolta na Judéia, as legiões romanas de Tito saquearam o Templo de Jerusalém... Mas o Templo de Jerusalém pode ter contido mais do que o tesouro pilhado pelos centuriões de Tito. Religião e política eram inseparáveis no judaísmo antigo. O Messias devia ser um rei-sacerdote cuja autoridade compreendia os domínios espiritual e secular. Assim, é possível — na verdade, provável — que o Templo abrigasse registros oficiais sobre a linhagem real de Israel — o equivalente a certidões de nascimento e casamento e outros dados relevantes sobre uma família real ou aristocrática moderna. Se Jesus era de fato o 'rei dos judeus', o templo certamente conteria informações copiosas relacionadas com ele. Poderia até mesmo conter o seu corpo, ou pelo menos o seu túmulo, uma vez que o seu corpo teria sido removido da tumba temporária dos Evangelhos" [Ibidem, pág. 339].
"Por volta do ano 1.100, os descendentes de Jesus teriam atingido proeminência na Europa... Conheciam sua própria genealogia e seus ancestrais, mas não eram capazes de prová-los ao mundo. Uma prova teria sido necessária a fim de que pudessem levar adiante seus desígnios. Se fosse conhecido que essa prova existia, ou até mesmo que ela existisse, no interior do Templo, todos os esforços teriam sido empreendidos no sentido de encontrá-la. Isto poderia explicar o papel dos templários — que, sob a proteção do mistério, realizaram escavações sob o Templo, nos chamados Estábulos de Salomão. A partir das evidências que examinamos, restam poucas dúvidas de que os templários foram de fato enviados à Terra Santa com o objetivo expresso de encontrar ou obter alguma coisa, tendo cumprido a missão. Eles parecem ter encontrado e trazido para a Europa o que deviam procurar. . [pág. 340; ênfase adicionada].
A própria idéia de que os sacerdotes judeus responsáveis pelo templo no ano 70 possam ter escondido o corpo de Jesus e/ou o "equivalente a certidões de nascimento e casamento e outros dados relevantes" revela uma impressionante falta de conhecimento bíblico! Os sacerdotes judeus ortodoxos haviam rejeitado totalmente Jesus Cristo e foram cruciais em pressionar Roma para que iniciasse uma perseguição aos cristãos. De fato, a perseguição foi tão cruel em Israel que os judeus cristãos foram dispersos amplamente em todas as direções para longe de Jerusalém, exatamente como Jesus predisse que aconteceria. [veja Atos 1:8].
Quão cruel foi a perseguição à igreja cristã? Permita-nos recorrer a um comentário bíblico para descobrir:
"Após a ressurreição de nosso Senhor, o primeiro ataque aos Seus discípulos veio do sumo sacerdote e seu partido. O alto clero estava naquele momento nas mãos dos saduceus, e uma das razões que os levaram a agir dessa forma foi seu 'problema agudo', pois os apóstolos 'proclamavam em Jesus a ressurreição dos mortos' [Atos 4:2; Atos 5:17]. O Evangelho baseado na ressurreição de Cristo era evidência da falsidade das doutrinas principais defendidas pelos saduceus, pois eles afirmavam que não havia ressurreição. Mas, ao invés de renderem-se à evidência do fato de que a ressurreição ocorreu, eles se opuseram e a negaram, e perseguiram os discípulos de Jesus Cristo. Durante um tempo os fariseus foram mais moderados em sua atitude frente à fé cristã... Mas, gradualmente a totalidade do povo judeu se tornou uma perseguidora amarga dos cristãos." [International Standard Bible Encyclopedia].
Incontáveis milhares de cristãos nascidos de novo — em sua maioria cristãos judeus — sofreram terrivelmente nas mãos das autoridades romanas que foram forçadas a agir pelas ameaças dos judeus de criar uma rebelião caso as autoridades não perseguissem os cristãos. Cada governador romano era designado por Roma para manter a paz e a estabilidade nas terras sob sua responsabilidade. Se uma rebelião começasse a florescer em uma determinada localidade, Roma não esperaria muito para examinar mais atentamente o governador romano e ver se ele não estava administrando mal sua região. Destarte, os governadores romanos eram muito suscetíveis à chantagem dos líderes locais mais astutos, que ameaçavam instigar uma rebelião constante caso suas exigências não fossem atendidas. Uma vez que o assunto mais importante para os líderes religiosos judeus desde a crucificação de Jesus até a destruição do templo no ano 70 era a crescente igreja cristã, os governadores romanos eram continuamente ameaçados com a insurreição caso não perseguissem os cristãos.
Tendo essa compreensão, quão lógica é a idéia de que os próprios fariseus e saduceus, que eram os responsáveis pelo templo até o momento de sua destruição final, teriam escondido os registros públicos de Jesus, como Sua certidão de nascimento e/ou Seu corpo? A probabilidade de isso ter ocorrido é absolutamente nula! Portanto, toda essa linha de raciocínio de que os registros públicos de Jesus foram provavelmente escondidos no templo, esperando serem descobertos, é absurda.
No entanto, a velha explicação nazista da "verdade" vista como propaganda permanece verídica: "A verdade não é o que ela é; a verdade é o que as pessoas percebem que ela seja". 

Os Cavaleiros Templários — A Sociedade Secreta do Bafomé

Ao criar esse mito da linhagem merovíngia, os autores ocultistas depositaram muita confiança na possibilidade de os sacerdotes judeus terem provavelmente escondido os registros públicos de Jesus debaixo do templo logo antes de o edifício ser queimado e destruído. Então, eles depositaram ainda mais confiança na história de que os Cavaleiros Templários encontraram muitos desses documentos — e muitos tesouros também — quando tomaram o controle de Jerusalém; depois de muita escavação, prossegue a história, eles secretamente levaram os tesouros e os artefatos de volta aos quartéis-generais dos Templários na França. Sobram especulações de que, talvez, tenham também encontrado a Arca da Aliança, outra importante peça de tesouro arqueológico que o Anticristo necessitará quando reconstruir o templo de Salomão.
Agora a história passa das excursões militares dos Templários à Terra Santa para seu extermínio nas mãos de um rei francês, agindo sob os auspícios do papa Clemente V.
Quando a fortaleza do quartel-general dos Cavaleiros Templários em Paris foi atacada, na sexta-feira de 13 de outubro de 1307, pelas forças do rei Felipe, a derrocada oficial da ordem foi incompleta. Veja a descrição da situação dada por um historiador secular:
"Existem amplas evidências de que DeMolay e seus principais oficiais estavam cientes que algo estava acontecendo... O mestre templário de Paris enviou uma ordem a todos os comandos templários na França para que aumentassem a segurança e sob nenhuma circunstância revelassem qualquer coisa referente aos rituais e encontros secretos... logo antes do alvorecer (12 de outubro, quinta-feira) um evento de dimensões tão avassaladoras ocorreria que a data, sexta-feira 13, viveria por séculos na mente de milhões de pessoas como o dia mais azarado do ano. E, de fato, ele foi para a Ordem do Templo quando as tropas de Felipe atacaram cada comando templário numa área de 241 mil quilômetros quadrados para prender quinze mil homens em correntes que haviam sido preparadas para eles." [Born In Blood: The Lost Secrets of Freemansory, John L. Robinson, págs. 131-133].
"Embora o ataque aos Templários tenha sido apenas parcialmente bem sucedido na França, os demais estados europeus não estavam colaborando com o rei Felipe e o papa Clemente V. De fato, muitos templários escaparam das garras dos soldados do rei Felipe e fugiram para os países vizinhos que resistiam à convocação do papa para prenderem todos os templários em suas fronteiras. Enquanto fugiam para diversos países europeus, correu a notícia de que a Inglaterra e a Escócia eram os mais receptivos aos templários e os mais resistentes ao papa. Assim, os templários escaparam em grande número para esses países, formando a sociedade secreta que se tornaria, por fim, a Maçonaria." [Robinson, págs. 159-170].
O ponto decisivo referente aos Cavaleiros Templários é que os autores ocultistas acreditam que os cavaleiros descobriram evidências que ligavam Jesus a Maria Madalena e, comprovando que Ele tinha uma família; esses ocultistas também acreditam que os templários confiaram essa evidência ao Priorado de Sião, e que a partir dessa evidência, o mapa genealógico mostrado no documentário da ABC foi criado.
Agora que entendemos a importância dos Cavaleiros Templários, permita-nos retornar para buscarmos mais informações no livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada.
A Mentira Humanista Final
"Simplesmente não há razão para que Jesus, enquanto ser divino, não possa ter se casado e gerado filhos. Não há razão para que sua divindade seja dependente de castidade sexual. Mesmo que ele tenha sido Filho de Deus, não há razão para que ele não se tenha casado e constituído família."
"A maior parte da teologia cristã se baseia no pressuposto de que Jesus é Deus encarnado. Deus, tendo piedade de sua criação, se encarnou naquela criação e assumiu forma humana. Ao fazê-lo, ele podia sentir — diretamente, digamos — a condição humana; podia experimentar diretamente as vicissitudes da existência humana; podia chegar a entender, no sentido mais profundo, o que significa ser um homem — enfrentar, do ponto de vista humano, a solidão, a angústia, o desespero, a trágica condição mortal que a condição humana impõe... Mas poderia Deus, encarnado como Jesus, ser verdadeiramente um homem, englobar o espectro da experiência humana, sem chegar a conhecer duas das mais básicas e elementares facetas da condição humana? Poderia Deus conhecer a totalidade da existência humana sem confrontar dois dos aspectos essenciais da humanidade, a sexualidade e a paternidade?" [O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, pág. 347].
Essa conclusão é certamente blasfema, e me faz lembrar a profecia, citada anteriormente, de que o Anticristo falará "coisas espantosas" contra o Senhor dos senhores e Rei dos reis. No entanto, há um nível mais profundo de completa cegueira espiritual demonstrada nessa citação. O humanismo moderno não é nada mais, nada menos, do que a suposição de que todos os problemas do homem podem ser resolvidos a partir do próprio homem. Um corolário dessa crença é que a sexualidade é uma das chaves para compreender a psicologia humana. Os publicitários modernos descobriram que o sexo vende quase todos os produtos, razão pela qual vemos tanto conteúdo sexual nas propagandas.
Portanto, não é uma surpresa ver essa crença ocultista de que Jesus não poderia realmente saber o que é ser um humano a menos que se casasse e mantivesse relações sexuais! Eu nunca pensei que meu amado Salvador fosse "incompleto" por jamais ter mantido relações sexuais! Os sentimentos emocionais criados pelo sexo entre um homem e sua mulher também são sentidos entre um pai e seus filhos, por exemplo — sentimentos de ligação, amor e compromisso. Certamente, Jesus experimentou esses tipos de relacionamentos humanos, portanto certamente não Lhe faltava uma compreensão empírica dessas emoções no ser humano.
Além disso, esses autores ocultistas mostram sua falta de conhecimento bíblico quando afirmam que Deus decidiu se fazer humano porque teve "piedade da sua criação". A Bíblia ensina que Deus decidiu desde a eternidade passada que assumiria a forma humana para morrer pelos pecados dos eleitos! Ele não criou o homem primeiro e depois teve piedade da sua criação e decidiu encarnar para "ajudá-la". Antes de criar a primeira molécula do universo, e certamente antes de criar o primeiro homem e a primeira mulher, Deus decidiu que Seu Filho encarnaria, realizaria Seu ministério e morreria na cruz! Sua morte não foi acidental, nem foi Jesus surpreendido pela súbita comoção que borbulhava em Jerusalém e à sua volta naquele tempo, comoção que muitos afirmam tê-Lo abruptamente sobrepujado e feito com que Ele fosse morto.
Não, Jesus sabia desde a eternidade que Ele viria a morrer como um sacrifício perfeito pelo pecado.
Veja o apóstolo Pedro enunciar essa importantíssima doutrina:
"Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus, o nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este, que foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós matastes, crucificando-o pelas mãos de iníquos; ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela." [Atos 2:22-24].
Esse verso fala do "determinado conselho e presciência de Deus" na eternidade, quando Deus decidiu que Seu Filho iria à Terra para morrer pelos pecadores; e esse mesmo verso fala do poder onipotente pelo qual Deus ergueu Jesus do túmulo. Uma vez que Deus possui um poder onipotente, Ele certamente poderia ter impedido a crucificação de Jesus, intervindo caso Seu Filho "perdesse o controle da situação". De fato, Jesus aborda esse assunto específico. No jardim do Getsêmani, Jesus agonizou a noite toda por Sua morte iminente, passando um longo tempo em oração ao Seu amado Pai. Quando os guardas romanos chegaram para prendê-Lo, um dos apóstolos desembainhou sua espada e cortou a orelha de um soldado. Jesus curou a orelha e então disse ao apóstolo:
"Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia rogar a meu Pai, e que ele não me mandaria agora mesmo mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?" [Mateus 26:52-54].
O poder de Deus decidiu na eternidade que Jesus viveria, realizaria Seu ministério e sofreria uma morte sacrifical perfeita na cruz. Se Jesus mandasse que 80.000 anjos O livrassem da cruz, todas as profecias de Deus sobre esse sacrifício pelos pecados fracassariam, e Deus se provaria um mentiroso! Assim sendo, Jesus sofreu uma morte predeterminada e exerceu Seu poder onipotente para garantir que todas as profecias do Antigo Testamento referentes à Sua morte, sepultamento e ressurreição ocorressem exatamente como foram comunicadas!
A morte de Jesus na cruz foi e sempre será o exemplo histórico supremo da vitória de um Deus amoroso e soberano sobre a morte, o inferno e Satanás!

A Meta Final — Um Rei-Sacerdote Sobre Todos

"Como resultado, parece não haver sentido nos objetivos elaborados do Monastério de Sinai, a menos que esses objetivos sejam ligados, de alguma forma crucial, à política. Quaisquer que sejam as repercussões teológicas das nossas conclusões, outras repercussões obviamente existem — repercussões políticas de enorme impacto potencial, que afetam o pensamento, os valores, as instituições do mundo contemporâneo no qual vivemos."
"Sinai afirma em muitos de seus documentos que o novo rei, de acordo com a tradição merovíngia, 'reinaria sem governar'. Em outras palavras, seria um rei-sacerdote que funciona basicamente de um modo ritual e simbólico, e o governo seria exercido por outro — talvez o próprio Monastério de Sinai"
"É desnecessário dizer que nosso entendimento desses objetivos só pode ser especulativo. Mas eles parecem incluir um Estados Unidos da Europa de inspiração teocrática, um confederação trans ou pan-européia reunida em um império moderno e governada por uma dinastia descendente de Jesus. Esta dinastia não só ocuparia um trono com poder político ou secular, mas também o trono de São Pedro." [O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, págs. 348-9].
"Existe também, crescentemente, um desejo de um verdadeiro líder — não um Führer, mas uma espécie de figura sábia e benigna, um 'rei-sacerdote' no qual a humanidade possa repousar sua confiança. Nossa civilização se saciou de materialismo e, ao longo desse processo, se conscientizou de uma fome profunda. Está começando a procurar além, buscando a realização de necessidades emocionais, psicológicas e espirituais."
"Tal atmosfera parece propícia para os objetivos do Monastério de Sinai. Ela coloca Sinai na posição de ser capaz de oferecer uma alternativa para os sistemas social e político existentes... Como seria interpretado o advento de um descendente direto de Jesus? Para uma audiência receptiva, poderia ser uma espécie de Segunda Vinda." [Ibidem, págs. 350-51].
Nota de A Espada do Espírito: Devido a um erro do tradutor, "Priorado de Sião" aparece na edição brasileira do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada como "Monastério de Sinai".
Portanto, o rei-sacerdote merovíngio é a meta final de todo esse planejamento e maquinação; os ocultistas o chamam de "O Cristo", mas a Bíblia o chama de "Anticristo". A chave para entender esse assunto e por que ele foi televisionado agora é perceber que o vindouro Anticristo não pode esperar convencer o povo judeu de que é seu longamente aguardado Messias a não ser que possa comprovadamente ligar sua genealogia ao rei Davi. Entretanto, se ele puder "comprovar" uma genealogia que o ligue ao Jesus físico da mente da maioria das pessoas, o capítulo 1 de Mateus o levará instantaneamente ao rei Davi.
É, portanto, imperativo que tanto os judeus quanto os gentios creiam nessa mentira da genealogia da linhagem merovíngia. Uma vez que a maioria das pessoas esquece o que ouve em menos de 24 horas, parece lógico que uma transmissão global dessa mentira ocorreria logo antes de o Anticristo surgir, e não dez anos antes. É claro, a ABC pode estar planejando muitas outras transmissões como essa ao longo de alguns anos para que a maioria das pessoas do mundo realmente entenda a mensagem! Não podemos neste ponto ser dogmáticos acerca do cronograma final de todos os eventos.
Entretanto, como os eventos parecem estar se encaminhando rapidamente para algum tipo de clímax, a transmissão desse especial da ABC é interessante, para dizer o mínimo. O que Jesus disse que deveríamos fazer ao reconhecermos que o fim dos tempos está chegando a um clímax conforme relacionamos corretamente os eventos mundiais atuais com a profecia? Veja:
"Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem." [Lucas 21:36].
"Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima." [Lucas 21:28].

Fonte: http://www.espada.eti.br