segunda-feira, 21 de outubro de 2013

VIGILÂNCIA NO MEIO DE GRANDE APOSTASIA – PARTE 1


Prof. Johan Malan, Middelburg, África do Sul (Maio 2009)

Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer.....” Apocalipse 3:2


Um cristão vigilante é uma pessoa que tem plena consciência das realidades espirituais da sua vida em Cristo, e obtêm a motivação e forca para a sua vida dessa fonte divina. Ele tem também consciência dos perigos espirituais contidos no reino oposto de Satanás, e resiste-lhes ativamente. Tal batalha trava-se no reino espiritual das nossas vidas, pois nós não lutamos contra carne e sangue, mas sim contra um poder espiritual hostil e seus malévolos princípios:


Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Efésios 6:12

 Quanto mais nos lembrarmos da realidade desse outro mundo invisível, mais vigilantes devemos estar. Quanto mais inclinados estivermos para o mundo secular, menos vamos considerar as realidades espirituais, desprezando assim ordenar as nossas vidas de harmonia com elas. Estar vigilante no sentido bíblico, requer que os nossos olhos estejam abertos a certas realidades e que tal conhecimento determine as nossas decisões e ações.

Há três perspectivas espirituais que todo o cristão vigilante deve conhecer. O aumento do conhecimento dessas perspectivas habilitá-lo-á afinar a sua compreensão e a determinar quais as ações mais apropriadas:

1 - A primeira é uma perspectiva dirigida para o alto, pois nós devemos manter sempre os  olhos no Senhor Jesus para O podermos seguir e caminhar segundo os mandamentos da Sua Palavra: “Ponhamos de parte todo o pêso e o pecado que tão facilmente nos enreda, e corramos com perseverança a corrida que está à nossa frente, olhando para Jesus, o autor e consumador da nossa fé” (Hebr. 12:12). Os pecados e as preocupações e cargas que trazemos às costas podem facilmente perturbar o nosso relacionamento com Ele, e devem ser confessados e abandonados se desejarmos uma dedicação verdadeira ao nosso Guia e Salvador. Devemos ter constantemente em mente que Ele pode regressar a qualquer momento para pedir contas aos Seus discípulos das suas vidas depois de convertidos (Marcos 13:33-37; Rom.14:10-12). Quando Cristo nos mostra o caminho na Sua Palavra e O seguimos diariamente, então faremos obras próprias de arrependimento, evitando assim a possibilidade de comparecermos de mãos vazias perante o trono do Seu julgamento (Veja-se também 1 Cor. 3:9-16).
2 - A segunda perspectiva é uma perspectiva dirigida ao interior, e diz respeito a um exame contínuo de nós próprios, de forma a podermos verificar sob a direção do Espírito Santo, se existe algum fermento de pecado nas nossas vidas (1 Cor. 5:6-8). Davi orou: “Sonda me ó Deus e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se existe em mim algum caminho mau e guia-me no caminho eterno” (Salmo 139:23-24). Nós devemos acautelar-nos constantemente contra más atitudes e pensamentos que podem entrar nos nossos corações. Para o podermos fazer, devemos considerar cautelosamente tudo quanto lemos e vemos, que espécie de conversação usamos e qual a natureza das nossas amizades. “Vigiai e orai para não entrardes em tentação. O espírito por certo está pronto mas a carne é fraca” (Mat. 26:41).
3 - A terceira perspectiva, que devemos adotar, é dirigida ao exterior. A este respeito devemos considerar dois aspectos: Devemos poder discernir a necessidade espiritual de outras pessoas e fazer o necessário para lhes proclamar o evangelho de Cristo. Jesus disse: “Levantai os olhos e olhai para os campos, pois eles já estão brancos para a ceifa… De verdade a ceifa é abundante, mas os ceifeiros são poucos “(João 4:35; Mat. 9:37). Nós devemos dedicar-nos ao serviço do Senhor e suprir as necessidades espirituais de outras pessoas. E, desta maneira, podemos fazer colheita para o Seu reino.
O outro aspecto desta terceira perspectiva, é tomarmos nota das estratégias e falsos ensinamentos do inimigo e evitarmos ser apanhados por armadilhas malignas através da sua astuta decepção. Os ignorantes que estão a seguir o mau caminho devem ser avisados, cuidando nós ao mesmo tempo de nós mesmos para não sermos enganados: “Irmãos, se algum homem for surpreendido nalguma ofensa, vós que sois espirituais encaminhai esse num espírito de mansidão, olhando por vós mesmos para que não sejais também tentados” (Galatas 6:1). “Portanto, que aquele que pensa estar de pé tenha cuidado e não caia” (1 Cor. 10:12). Nós devemos confiar diariamente que o Senhor Jesus nos proteja contra as artimanhas do diabo, e procurar não perder a nossa perspectiva espiritual, pois isso levar-nos-ia a cair por não conhecermos as estratégias do inimigo.
Há uma perspectiva que não devemos seguir, que é uma de retrocesso. Paulo disse: “…uma coisa eu faço, esquecendo as coisas que estão para trás e avançando para as coisas que estão à frente prossigo para o alvo, para o prêmio do soberano chamamento de Deus em Jesus Cristo” (Filip. 3:13-14). Nós não devemos explorar sempre o passado e abrir de novo velhas chagas lembrando às pessoas os seus erros e passado pecaminoso. Se uma atrocidade ou pecado foi perdoado, deve também ser esquecido. Salomão diz: “Aquele que encobre uma transgressão procura o amor; mas aquele que repete a questão afasta o melhor dos amigos” (Prov. 17:9). Depois de erros terem sido perdoados, uma pessoa deve seguir a sua vida sem estar continuamente a olhar para trás. O diabo deseja sempre submeter os cristãos a sentimentos de culpa relativos a pecados passados, os quais o Senhor há muito limpou e completamente esqueceu. A finalidade do diabo é enfraquecer a nossa fé e levar-nos a duvidar da nossa salvação. Resisti-lhe! O Senhor perdoa e esquece os nossos pecados e não os relembra mais (Isaías 43:25). E nós devemos também perdoar e esquecer os pecados daqueles que transgrediram contra nós.
Devemos estar sempre acordados e alerta: “Portanto, não durmamos como outros fazem, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Tessal. 5:6). Paulo deu este comando a uma congregação que tinha uma esperança cativa na segunda vinda de Cristo. Esta congregação necessitava de estar bem informada e sempre pronta para o que o futuro lhe pudesse trazer, pois isso ajudá-la-ia a agradar ao Senhor e a manter elevadas normas espirituais. A palavra que foi traduzida “dormir” nesta escritura, refere-se a letargia espiritual e insensitividade. Esta é a condição do não-salvo, isto é, das outras pessoas referidas por Paulo. Os crentes devem estar vigilantes e ser sóbrios, esperando pelo regresso do Senhor, de forma a poderem manter-se firmes durante períodos difíceis e por fim dar-lhe conta das suas vidas com ousadia.
Os cristãos de todas as épocas, mas mais especificamente os que vivem no tempo do fim, devem precaver-se contra a apostasia, que pode de maneiras diferentes influenciar adversamente a nossa fé, as nossas emoções e a nossa expectativa profética da vinda de Jesus Cristo. 

Fonte: http://bibleguidance.co.za/Portarticles/38%20Vigilancia.htm

2 comentários:

  1. Muito bom o texto gostei de+

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  2. muito bom texto isso mostra para nos todos que cre em jesus cristo ficarmos de alerta.

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