Prof. Johan Malan,
Middelburg, África do Sul
A intensidade das
pressões a que estamos expostos, nas suas formas múltiplas, está a aumentar
rapidamente. Estes ataques têm efeitos devastadores nas vidas daqueles que não
têm a perspectiva bíblica correta nas diferentes circunstâncias, e que não estão
seguramente ancorados na Rocha. Este problema tem muitas causas,
particularmente as seguintes:
1ª Tempos perigosos
A extrema carnalidade e um tipo de santidade sem vida estão rapidamente
a tornar-se as características principais do Cristianismo nominal do tempo do
fim. Será difícil e mesmo até impossível os verdadeiros cristãos adaptarem-se a
condições sociais e religiosas desta natureza. Paulo disse: “Mas sabei isto,
que nos últimos dias virão tempos perigosos: Pois os homens serão amantes de si
mesmos, avarentos, presunçosos, orgulhosos, blasfemos, não obedecendo aos
pais, ingratos, profanos, sem afeto natural, não perdoando, caluniadores, incontinentes,
cruéis, desprezadores do bem, traidores, obstinados, altaneiros, amantes do
prazer em vez de amarem a Deus, tendo uma semelhança de santidade mas negando o
poder da mesma. Afastai-vos destes tais!” (2 Timóteo 3:1-5).
O amor de cada um por si mesmo será a característica dominante das
pessoas, enquanto que o desporto e os desejos da carne serão mais importantes
para elas do que a religião. Nos seus esforços para atingir a culminância, o
homem do fim do tempo agirá cruelmente e sem vergonha para com os outros, não
hesitando usar a subversão, a traição e a corrupção. Abusará também da
religião, com o fim de criar para si uma imagem aceitável pela sociedade,
negando na prática os princípios básicos do Cristianismo evangélico com as suas
ações. Ele será um cristão apenas em nome, projetando totalmente uma imagem
falsa do Cristianismo. Será um seguidor fervoroso dos enganadores e falsos
profetas que substituíram a verdade por uma mentira.
Os verdadeiros cristãos não serão capazes de se associar a pessoas,
igrejas ou pregadores desta natureza, e não terão outra alternativa senão
abandonarem todas as formas de falsa religião. Por conseguinte, os cristãos
evangélicos vão ser cada vez mais postos à margem na sociedade, e até
perseguidos. Serão vítimas dos atos sem fundamento e sem coração da maioria dos
comprometedores e terão de enfrentar ser maltratados devido à sua fé em Cristo.
2. A
arrogência dos dirigentes malignos
A auto-exaltação e a
arrogância são as características comuns da humanidade dos nossos dias. O homem
deseja ser o seu próprio deus, que determina o seu destino. Os cristãos
vigilantes devem esperar que tais dirigentes não tenham qualquer respeito por
Deus e pela Sua Palavra nem honrem os princípios da Civilização Cristã. Eles
vão considerar seu dever diminuir e perseguir os cristãos que se
opõem à sua conduta.
3. Ataques à
posição econômica das pessoas
À luz das profecias bíblicas, é de esperar que se registre no final dos tempos uma grave crise econômica e monetária, como parte
de um plano maligno para a obtenção do controle da economia mundial e para a
instituição de um sistema único sem dinheiro, para todo o mundo. Durante
as últimas décadas foi promovida em todos os países a pretensão de grande
riqueza e prosperidade, permitindo ao fornecimento de dinheiro crescer mais rapidamente que a economia do país, de forma a poder oferecer crédito barato a
virtualmente toda a população
A humanidade em geral está
apanhada na garra do materialismo, devido a estes acontecimentos.As pessoas
começaram a comprar tudo quanto os seus olhos cobiçavam Os negócios floriram no
mercado vivo e muitos entraram no mercado em grande número para participar na
riqueza. Os países
árabes produtores de petróleo, conseguiram grande riqueza em pouco tempo, e os
países comunistas rejeitaram a longa tradição do socialismo para abraçarem uma
economia capitalista de mercado livre, com o fim de explorar a crescente nuvem
de prosperidade. A União Soviética dividiu-se em 15 repúblicas capitalistas. A
China, não abandonou o regime comunista, mas adotou no entanto uma economia
capitalista, que cresceu a passos largos.Outros países asiáticos, como o Japão,
a Coreia e a Índia, também se tornaram sérios competidores no emergente sistema
mundial de mercado livre.
A demanda excessivamente alta
na economia mundial criou o problema da inflação, que em muitos casos subiu a
níveis prejudiciais. Os preços
da propriedade fixa e produtos subiram para mais do dobro em poucos anos. Os
bancos centrais aumentaram as taxas de juro para fazer frente à inflação. E o
resultado inevitável foi que a procura por casas caras e artigos de luxo baixou subitamente e consequentemente os preços também. Muitas pessoas já não podiam
pagar altas prestações, e milhares delas devolveram as casas e carros de luxo
aos bancos que as tinham financiado. Em muitos casos, até os grandes bancos e
negócios que já não tinham grande movimento de fundos se tornaram insolventes. A
maior parte deles não acumulou reservas durante os “anos de abastança” para
usarem para sobreviver nos “anos de penúria”. Em vez disso, pagavam salários
exorbitantes ao pessoal de gerência, (particularmente aos de mais elevada
posição), e gastavam milhões de dólares em publicidade e apoio ao desporto.
Presentemente muitos encontram-se frente a grandes problemas e não conseguem
ver a luz ao fundo do túnel.
Os cristãos vigilantes já
deviam ter compreendido há muito tempo, que esta onda artificial de
prosperidade terminaria mais cedo ou mais tarde e, à luz dessa expectativa,
deviam evitar incorrer em débitos excessivos e não viver acima das suas
possibilidades.
Nós devemos compreender, que a
presente grave recessão na economia mundial está a preparar o terreno para o
controlo internacional (globalismo econômico) e para a instituição de um novo
sistema monetário para o mundo. Os cristãos vão ter de viver ainda com mais cuidado
e aprender a estar contentes quando lhes são fornecidas as necessidades
básicas.
4. Avisos
contra o materialismo
A Bíblia contem sérios avisos contra o materialismo
e o amor ao dinheiro, e nós devíamos sinceramente obedecer-lhes. Paulo diz:
“Porque nada trouxemos para este mundo, e é manifesto que nada levaremos. Mas,
tendo alimento e vestuário, com isso estejamos contentes. Mas os que
desejam ser ricos caiem em tentação e numa armadilha e em muitos desejos loucos
e nefastos, que levam os homens à destruição e à perdição. Pois o amor ao
dinheiro é a raiz de todo o tipo de mal, pelo que alguns se afastaram da fé na
sua cobiça, e se traspassaram com muitas dores” (1 Tim. 6:7-10).
Um dos nomes que o Senhor
Jesus deu ao diabo foi Mamom – o deus do dinheiro (Lucas 16:13). O Mamom deseja cegar as nossas
mentes com riquezas de maneira a que nós não juntemos tesouros espirituais no
Céu, ocupando-nos em vez disso a amontoar riquezas materiais na Terra.
Infelizmente, para muitos cristãos a riqueza terrena até já se tornou norma
para obter êxito espiritual. Quando têm muito dinheiro e igrejas grandes e
dispendiosas, alegam logo que foi o Senhor que os abençoou. Esse não é
absolutamente o caso, pois o Senhor Jesus descreve os crentes que se gabam da
sua riqueza terrena espiritualmente falidos: “Porque dizeis sou rico, e não
tenho falta de nada – e não compreendeis que sois desgraçados, miseráveis,
pobres, cegos e nus” (Apocal. 3:17).
Os nossos valores como
cristãos nunca devem ser determinados por normas terrenas e materialistas. A forma de pagamento de Deus não
é o dinheiro mas sim o sangue de Seu Filho. Pedro diz:
“…vós não fostes redimidos da vossa conduta sem propósito recebida por tradição
dos vossos antepassados, por coisas corruptíveis como prata e ouro, mas sim
pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha”
(1 Pedro 1:18-19). Paulo diz: “Porque vós fostes comprados por um preço,
glorificai Deus no vosso corpo e no vosso espírito, que são de Deus”
(1 Cor. 6:20). No Céu, a
igreja glorificada saberá que eles estão ali apenas por terem sido redimidos
pelo sangue do Cordeiro. Eles adorarão o Senhor Jesus
cantando: ‘Tu foste morto e redimiste-nos para Deus com o teu sangue, de cada
tribo, língua, povo e nação, fazendo-nos reis e sacerdotes de Deus; e
reinaremos na Terra” ( Apocal. 5:9-10).
5. Ataques
às nossas normas morais
O Senhor Jesus avisa-nos que os últimos dias antes
da Sua segunda vinda vão ser de novo como os dias de Noé e de Lo (Lucas
17:26-30). Durante esse tempo prevalecia a imoralidade total, e a violência, a homossexualidade, a maldade e o materialismo existiam em larga escala. O Senhor
decidiu destruir os iníquos porque eles enchiam a Terra de violência (Gen.
6:13). A humanidade dos nossos dias encontra-se num estado de semelhante
imoralidade, anarquia e violência. A apostasia vai continuar a aumentar até o
Anticristo ser revelado como o homem do pecado (2 Tess. 2:3). Ele estabelecerá
na Terra uma cultura de pecado e vai promovê-la. Durante o período da
tribulação, quando os julgamentos de Deus serão derramados sobre o mundo, vão
proliferar o pecado e a anarquia: “Mas o resto da humanidade que não foi morto
por estas pragas… não se arrependeu dos seus assasssínios ou das suas
bruxarias, da sua imoralidade sexual ou dos seus roubos” (Apocal. 9:20-21).
Nós estamos agora a viver numa
época de grande afastamento da verdade, durante a qual o mundo agnóstico e
enganado está a ser condicionado para aceitar e seguir o Anticristo. Os
cristãos evangélicos não devem ser parte da apostasia, devendo resistir-lhe
(Ver também Efés. 5:11; 2 Tess. 2:7). As pessoas que vivem uma vida permissiva
comprometendo-se com o mundo, vão retroceder espiritualmente. O Senhor Jesus
avisou-nos contra esta tendência: “E, porque a anarquia vai abundar, o amor de
muitos vai arrefecer” (Mat. 24:12). A Bíblia Viva diz: “O pecado reinará
por toda a parte e arrefecerá o amor de muitos.
Os cristãos vigilantes devem
ter consciência do colapso das normas morais e espirituais, e fazer tudo quanto
possível por se manterem firmes, submetendo-se a Cristo e resistindo ao mal, ao
mesmo tempo continuando a ser luz num mundo negro, e o sal de uma Terra
corrupta.
6. Ataques
às nossas emoções
Estamos a viver num mundo a deteriorar, em que
existem muitas coisas que também perturbam os cristãos e causam grande
preocupação entre eles. A pergunta é, como deveremos reagir emocional e
espiritualmente a estas coisas? Muitas das pessoas não-salvas são vitimadas
pelo pânico e dedicam-se ao álcool e às distrações para esquecer os seus
males.Alguns cristãos fazem o mesmo causando grande dano espiritual a si
próprios. O Senhor Jesus avisou-nos: “Mas tende cuidado que os vossos corações
não sejam sobrecarregados com glutonaria e embriaguês, e com as preocupações
desta vida, e esse dia chegue até vós inesperadamente. Pois ele chegará como
uma armadilha a todos que vivem na face de toda a Terra” (Lucas 21:34-35).
Estamos nós a ser
sobrecarregados com os cuidados, desapontamentos e más notícias deste mundo?
Não devemos permitir que tal nos aconteça, mas sim continuarmos a alegrar-nos
no Senhor e a fortalecer a nossa fé com as promessas do nosso maravilhoso
futuro com Ele (Neem. 8:10; Hebr. 13:5; João 14:1-3).Isso elevará os nossos
pensamentos para o Céu, onde Cristo intercede por nós (Col. 3:1-3).
7. Rejeição
da Bíblia
A rejeição da Bíblia como sendo a inspirada Palavra
de Deus será prática comum no mundo protestante. Quando as
pessoas deixam de honrar a Palavra de Deus, não consideram as Suas revelações,
e negam a Sua autoridade suprema no universo, elas desprezam os Seus
mandamentos e, em consequência, não lhe submetem as suas vidas e convicções
religiosas. Essas pessoas espiritualizam a Bíblia a seu bel prazer para alterar
o seu significado Várias escrituras são destituídas do seu significado
relegando-as a uma forma de mitologia ou superstição primitiva, que não é
aceite pelo homem moderno. Tais pessoas excluem-se da vida eterna, fechando a
única porta para a salvação. O Senhor Jesus diz: “Aquele que Me rejeita e não
aceita as minhas palavras, tem um que o julga – a palavra que Eu tenho pregado
a mesma o julgará no último dia” (João 12:48).
Muitos cristãos não estão alerta, não se exprimem com vigor suficiente contra este movimento
subversivo; e até seguem por algum tempo êste caminho de decepção. Alguns deles pertencem a igrejas
em que as profecias bíblicas são espiritualizadas e denegridas a tal ponto, que
os seus membros não têm a mínima ideia dos sinais dos tempos, não acreditam na
restauração de Israel ou no aparecimento de um Anticristo pessoal no tempo do
fim.
8.
Afastamento da fé
Existem muitos dogmas e religiões no mundo
concebidas pelo homem, mas uma fé verdadeira em Deus e Seu Filho sob a
convicção do Espírito Santo está a diminuir. O Senhor Jesus avisou-nos contra
esta lamentável situação: “Quando o Filho do Homem vier, irá Êle realmente
encontrar fé na Terra?” (Lucas 18:8).
Finalmente, lembremo-nos que o
nosso poder espiritual e motivação vêm apenas de Jesus Cristo através da
operação do Espírito Santo.Nós nunca seremos capazes de estar em guarda com
êxito contra as artimanhas do inimigo e de nos mantermos firmes, se não possuirmos
um vigoroso relacionamento com o Senhor Jesus. A finalidade principal das
nossas vidas não deve ser compreender melhor a natureza dos ataques do inimigo,
mas sim conhecer melhor o nosso Salvador e vivermos mais completamente em
conformidade com a Sua morte e ressurreição. Apenas então possuiremos o
discernimento espiritual e a forca necessários para com êxito identificarmos e
fazermos frente a qualquer ataque do diabo. Paulo diz que a finalidade
principal da sua vida era: “Para que eu possa conhecê-lo ,à virtude da Sua
ressurreição e à comunhão dos Seus sofrimentos, sendo feito conforme à Sua
morte” (Fil.3:10). Apenas uma submissão total desta natureza pode ajudar-nos a
estar de facto vigilantes e a vencer espiritualmente.
Fonte: http://bibleguidance.co.za/Portarticles/38%20Vigilancia.htm
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