“… e as potências dos céus serão
abaladas.” “Mateus 24:19
“Pelo que farei estremecer os
céus; a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos,
e por causa do dia da sua ardente ira.” Isaías
13:13
Um terremoto de 8,9 graus na escala Richter,
milhares de mortos, um país parcialmente destruído e 1,26 microssegundo a menos
no seu dia. Definitivamente, você é a pessoa menos impactada nessa história
toda.
O tremor do dia 11 de março aconteceu porque
duas placas tectônicas localizadas sob o Oceano Pacífico se moveram, “entrando
uma debaixo da outra”. O Japão sentiu o impacto equivalente a 27 mil bombas
atômicas e penou frente às ondas de 10 metros formadas em alto-mar.
Talvez para atentar a população sobre as
dimensões do desastre, cientistas e mídia pautaram seus discursos nas
consequências que pudessem pesar mais frente à opinião pública: a mudança no
eixo da Terra e a diminuição da duração dos dias em algumas microfrações de
segundo. “Esses dados foram divulgados para causar impacto, para dar a dimensão
exata do desastre”, estima o professor Lucas Vieira Barros, chefe do
Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB).
Para resumir: o terremoto japonês pode ter
feito a Terra girar um pouco mais rápido, diminuindo a duração dos dias em
cerca de 1,26 microssegundo – um microssegundo equivale a milionésima parte de
um segundo. Além disso, o tremor teria deslocado o eixo do planeta em
aproximadamente 8 centímetros. A suspeita é do cientista Richard Gross,
do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial americana.
“A rotação da Terra muda a todo tempo, não só
como resultado de abalos sísmicos, mas também com os efeitos das mudanças nos
ventos da atmosfera e das correntes oceânicas”, disse Gross em entrevista ao
site Astrofísicos. “Ao longo de um ano, a duração do dia aumenta e diminui em
cerca de um milésimo de segundo, ou aproximadamente 550 vezes maior do que a
mudança provocada pelo terremoto japonês. A posição do eixo da Terra também
muda o tempo todo, por cerca de 1 metro ao longo de um ano, ou cerca de seis
vezes mais do que a mudança que deveria ter sido causada pelo terremoto no
Japão”, finaliza.
De acordo com o professor Lucas Viera Barros,
seriam necessários milhares de tremores como o do Japão para diminuir um mísero
segundo na duração dos dias. “O tremor aconteceu e foi realmente gravíssimo.
Mas não significará absolutamente nada no nosso cotidiano e não teve ou terá
nada a ver com mudanças climáticas”, enfatizou.
http://lpc.org.br
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