RÚSSIA E CHINA FORTALECEM COOPERAÇÃO
POLÍTICO-MILITAR
“Tu, pois, ó filho
do homem, profetiza ainda contra Gogue, e dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis
que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal. E te farei voltar, mas deixarei uma sexta parte de ti, e far-te-ei subir do
extremo norte, e te trarei aos montes de Israel.”
Ezequiel 39:1-2
“E enviarei um
fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu
sou o Senhor. E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais
deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o Senhor, o
Santo em Israel.”
Ezequiel 39:6-7
“E sairá a enganar
as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo
número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha.”
Apocalipse 20:8
As manobras russo-chinesas
Interação Marítima 2014 serão inauguradas, pela primeira vez na história, pelos
dirigentes dos dois países. Deverão ter início no espaço aquático setentrional
do mar de China Oriental no primeiro dia da visita oficial à China do
presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Deste modo, o líder russo e o presidente da
República Popular da China, Xi Jinping, dão a entender estarem tutelando
pessoalmente a estratégia de interação nos mares. Em fevereiro, na cidade olímpica
de Sochi, eles supervisionaram, em regime de videoconferência, os primeiros
exercícios navais russo-chineses no mar Mediterrâneo. Naquela altura, as
manobras decorreram no âmbito do programa de retirada das armas químicas da
Síria. Agora, o início dos exercícios anuais com a participação de 12 vasos de
guerra e a aviação militar se enquadra na agenda da atual cúpula.
As manobras em curso têm vindo a refletir uma nova
realidade e a conjuntura geopolítica surgida após a crise ucraniana, sustenta
Vladimir Evseev, diretor do Centro de Pesquisas Político-Sociais:
“Este evento programado constitui um sinal para o
Ocidente e, antes de mais, para os EUA, sobre a formação de novas relações
político-militares. A Rússia e a China vão reforçando a colaboração nessa esfera.
A realização das manobras aponta para uma eventual celebração, nos próximos
tempos, de novos acordos político-militares sérios. Os EUA deverão “captar”
este sinal. Eles não têm recursos suficientes para enfrentar tal reforço da
cooperação russo-chinesa na região asiática do Pacífico. Nessas condições, será
igualmente afetada, em certa medida, a imagem dos EUA”.
Face à posição do Ocidente e aos EUA assumida na
crise ucraniana, Moscou decidiu intensificar a colaboração com os Estados
asiáticos. E os atuais exercícios militares são mais uma prova disso, considera
o perito militar, Igor Korotchenko:
"A Rússia encara a China como o principal
parceiro estratégico. Antigamente, tal papel pertencia aos EUA e à OTAN. Mas, à
luz da sua posição hostil em torno dos acontecimentos na Ucrânia, a Rússia se
vira cada vez mais para a região asiática do Pacífico. E a primeira visita de
Putin ao estrangeiro após estes eventos dramáticos se realiza à China. Em igual
medida, pretendemos edificar relações com outros países influentes dessa
região. Por isso, as manobras são uma resposta da Rússia e da China à expansão
dos EUA e do Ocidente. Devem ser vistas, sem dúvida, no contexto do atual
quadro político-militar”.
Os exercícios Interação Marítima serão efetuados no
espaço aquático do mar de China Oriental em que os EUA costumam realizar
manobras regulares conjuntas que exercem uma forte pressão psicológica sobre a
China e a Coreia do Norte, realçou a propósito o vice-presidente da Acadêmia de
Problemas Geopolíticos, Konstantin Sokolov. Por isso, Moscou e Pequim decidiram
treinar as ações conjuntas de suas frotas, adianta o perito:
“A Rússia e a China vão realizando as manobras do
gênero pela terceira vez. Mas acontece que essa mesma zona tem sido palco de
exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul que se realizam duas
ou três vezes por ano. Claro que essas manobras são uma reação às manobras
levadas a cabo pelos EUA e seus aliados. Essa região tem sido muito importante
para a China que tem tido disputas territoriais com o Japão. Tóquio tem gozado
de apoio de Washington, razão pela qual as atuais manobras podem ser encaradas
como um gesto de solidariedade com Pequim”.
Um traço específico dos exercícios militares que se
iniciam em 20 de maio é um elevado patamar de coordenação entre navios
participantes. Pela primeira vez, os marinheiros russos e chineses irão atuar,
fazendo parte dos destacamentos mistos, encarregados de assestar golpes aos
alvos marítimos de superfície e subaquáticos.
Fonte: voz da rússia
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