(*)
Heitor de Paula
Resumo: O Governo Mundial não é uma ameaça: é uma realidade; já está instalado e em pleno funcionamento. O que ocorre é que quem está submerso no processo não percebe
O Governo Mundial não é uma ameaça: é uma realidade; já está instalado e em pleno funcionamento. O que ocorre é que quem está submerso no processo não percebe, tal como Maria Antonieta que, ao mandar o povo comer brioches já estava quase sem cabeça e não sabia de nada! Quem tem autoridade moral – e logo, logo, militar – sobre todo o mundo hoje em dia? Quem dita as normas de conduta ética? Quem tem o poder de guerra e de paz? Não é a Organização das Nações Unidas?
Resumo: O Governo Mundial não é uma ameaça: é uma realidade; já está instalado e em pleno funcionamento. O que ocorre é que quem está submerso no processo não percebe
O Governo Mundial não é uma ameaça: é uma realidade; já está instalado e em pleno funcionamento. O que ocorre é que quem está submerso no processo não percebe, tal como Maria Antonieta que, ao mandar o povo comer brioches já estava quase sem cabeça e não sabia de nada! Quem tem autoridade moral – e logo, logo, militar – sobre todo o mundo hoje em dia? Quem dita as normas de conduta ética? Quem tem o poder de guerra e de paz? Não é a Organização das Nações Unidas?
Estamos
acostumados a tomar como certo tudo que a ONU diz e determina. Suas
estatísticas são incontestáveis. Suas recomendações são ordens. Tudo que de lá
vem é bom, por princípio! Pois não é lá que se defende a paz e a harmonia entre
os homens? Uma espécie de deus de uma
religião pagã? Seus funcionários
se metem em tudo através das diversas ‘agências’ – sofisma que será
empregado até poderem usar o nome verdadeiro: Ministérios Mundiais! A
burocracia já atingiu níveis nunca alcançados em nenhum outro lugar, nem mesmo
na URSS. Recomendo darem uma olhada em http://www.unsystem.org/
para verificarem o grau com que estamos aprisionados à ela. São mais de 130 agências, comissões,
sub-comissões, delegacias, inspetorias, etc., das quais conhecemos uma
parte ínfima mas pelas quais já se pode perceber o tremendo poder de que
dispõem.
É a UNESCO que determina os currículos do
mundo inteiro (ver meu True Lies para saber a origem dos mesmos). É a OMS que diz o que podemos comer,
como devemos cuidar de nosso corpo e mente, que medidas sanitárias devemos
usar. A OMC determina como deve ser o
comércio mundial. A AIEA determina quem pode ter armas nucleares. A UNICEF estabelece as categorias nas quais
temos que cuidar de nossos filhos, quantos devemos ter. A FAO distribui os plantios agrícolas.
O complexo bancário FMI/BANCO
MUNDIAL/BID decide quais países serão economicamente viáveis, quais devem falir
(como fizeram com a Argentina após a Guerra das Malvinas/Falklands, no que
Estulin está absolutamente correto). São tantas as ‘agências/ministérios’ que
nem sei quem determina a falácia chamada IDH – Índice de Desenvolvimento
Humano.
Da mesma
forma que a campanha contra o fumo foi um teste bem sucedido, como denuncia
Estulin, para medir o grau de sujeição hipnótica da população mundial, a
campanha do desarmamento também o é. A absurda aversão ao cigarro e aos
fumantes prova que uma propaganda subliminar bem feita é capaz de converter
facilmente milhões em robôs ou cães de Pavlov: toca a campainha os cães
salivam, acenda um cigarro e os robôs se enchem de indignação! Ninguém se
espante se algum dia a OMS disser que andar de quatro faz bem para a coluna,
aumente exponencialmente o número de quadrúpedes na Terra, todos alegrinhos com
as ‘melhoras’ obtidas.
A mesma
coisa se esperava da campanha pelo desarmamento. Como tudo na ONU passa necessariamente pelo Conselho de Segurança,
como é que alguém pode acreditar que o desarmamento interessa à ONU se os cinco
Membros Permanentes, com direito de veto, são os cinco maiores produtores e
exportadores de armas do mundo? Ingenuidade tem limite, a partir do qual é
burrice! A prevista oposição dos EUA permite aos demais votarem tranqüilos
contra seus próprios interesses econômicos pois sabem que a culpa recairá, como
sempre nos malvados EUA fazedores de guerra. Mas os EUA não são inocentes! O
que impede seu governo de votar a favor e fingir-se de bonzinho é algo que tem
mais de 200 anos: a Segunda Emenda à Constituição – e é dificílimo emendar a
Constituição - e o poderoso lobby da NRA, National Rifle Association. A
campanha anti-fumo começou pelos EUA, povo extremamente preocupado com a saúde;
a do desarmamento pelo Brasil, possivelmente por ser considerado um povo
atrasado, governado por paus mandados da ONU e fácil de convencer. Mas não
contavam com o fato de que há vida inteligente por aqui capaz de organizar uma
eficiente campanha para se descolar da pecha de defensores das armas em si, e
se mostrar defensores do direito do cidadão à sua defesa e de sua família. A
organização Pela Legítima Defesa, a APADDI-ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE DEFESA DOS
DIREITOS E DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS, e a ONG Viva Brasil conseguiram reverter
uma derrota certa em acachapante vitória.
A MISTIFICAÇÃO HIPNÓTICA
Criada dos escombros de uma das mais sangrentas guerras da história humana por uma população exausta ansiando por paz após seis anos de matanças, a ONU teve as condições propícias para já nascer hipnótica: as pessoas queriam se convencer de que a paz eterna é possível se criado um mecanismo internacional de diálogo entre as nações. Aí fica fácil iludir todo mundo, pois esta é a única condição sine qua non para o hipnotismo: o paciente desejá-lo. Mesmo seu inspirador não tendo as qualificações adequadas para defensor da paz: Josef Stalin, o segundo maior carniceiro da história só perdendo para seu dileto discípulo Mao Zedong. A organização já nasceu fruto da mentira pois um dos países fundadores, a URSS, jamais pretendeu respeitar a Declaração dos Direitos do Homem que cinicamente aprovava. Com o nascimento da ONU nascia simultaneamente a assimetria entre o tratamento dado às Nações: enquanto as democracias passaram a ser cobradas permanentemente pelo respeito aos direitos humanos, as ditaduras comunistas defendiam para si o hipócrita ‘princípio da autodeterminação dos povos e da não interferência em assuntos internos’. Hoje o Islã faz exatamente a mesma coisa!
É
impressionante como pessoas que se dizem céticas, não acreditam, p.ex., em
pesquisas eleitorais que em algum tempo se encontrarão com a realidade dos
votos e serão desmascaradas se erradas, ao mesmo tempo têm uma fé cega nas estatísticas da ONU e tudo que
vem de lá. Quem checa as estatísticas da ONU? Quem pode refutá-las e
desmascará-las? Isto é impossível – seria necessário uma organização de igual
tamanho. Acredita-se na autenticidade delas por quê? Fé? Dados que não podem
ser refutados podem ser fraudados no sentido de atingir seus fins de dominação
mundial.
Não é sem
base que desconfio pois existe um sem-número de falsidades envolvendo esta
organização, além das já apontadas. A começar pelo seu objetivo: supostamente,
a paz. Seu belo símbolo – um globo terrestre branco sobre fundo azul celeste –
convida à paz e à tranqüilidade. Mas a pomba branca da paz mais ainda e poucos
sabem que foi encomendada por Stalin a Picasso, que além de oportunista era
comunista – para hipnotizar o Ocidente com suas intenções ‘pacíficas’ e
espalhar a crença de que os países comunistas, onde se matava oficialmente por
qualquer vintém, eram os ‘povos amantes da paz’ em oposição aos países
capitalistas, cruéis fazedores de guerras.
A ONU não quer a paz, é pura lorota! Quer é a
guerra; quanto mais guerra mais justifica sua necessidade e mais se apresenta
como a única solução. Se
acabarem-se as guerras, acaba a ONU! Alguém acredita que interessa aos médicos
acabar com todas as doenças e ficar desempregados? Ou que interessa aos
advogados fazerem leis simples que todos entendam e possam se defender
sozinhos? Claro que não, mas a grande maioria acredita que a ONU quer a paz – e
sua conseqüente auto-extinção! Para não ir muito longe leio aqui mesmo no Mídia
Sem Máscara um artigo de Caroline Glick em que ela diz que o Hezbollah e seus
aliados ganharam o último round do conflito com Israel. Pode até ser que no
plano tático sim, mas no plano estratégico de longo prazo só a ONU saiu
ganhando com o aumento dos efetivos da UNIFIL para supervisionar o re-armamento
do Hezbollah, novos foguetes sobre Israel, nova reação ‘desproporcional’, novo
cessar-fogo, nova Resolução e mais capacetes azuis! Perdem Israel, Hezbollah,
Líbano, Síria e Irã.
Para os
donos do mundo que usam a ONU como instrumento não interessa a mínima ganhos
táticos nem se importam com número de mortos, feridos, crianças, velhos; só
interessa a estratégia de longo prazo de domínio mundial.Perde principalmente
os EUA, a única potência que poderia enfrentar a ONU simplesmente se retirando,
parando de subsidiá-la e a expulsando das margens do East River! Quando Bush
atacou o Iraque contrariando as decisões do Conselho de Segurança, deu o
primeiro passo do que acreditei seria a desmoralização total da ONU. Mas não
prosseguiu, apesar de ter nomeado John Bolton como Embaixador, que é um dos
poucos que sabe realmente o que é a ONU. É a última esperança.
(*)
Heitor De Paola
O autor é escritor e comentarista político, membro da International Psychoanalytical Association e ex-Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, Membro do Board of Directors da Drug Watch International, e Diretor Cultural do Farol da Democracia Representativa (www.faroldademocracia.org) . Possui trabalhos nas áreas de psicanálise e comentários políticos publicados no Brasil e exterior. E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP).
O autor é escritor e comentarista político, membro da International Psychoanalytical Association e ex-Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, Membro do Board of Directors da Drug Watch International, e Diretor Cultural do Farol da Democracia Representativa (www.faroldademocracia.org) . Possui trabalhos nas áreas de psicanálise e comentários políticos publicados no Brasil e exterior. E é ex-militante da organização comunista clandestina, Ação Popular (AP).
Referências:
www.midiasemmascara.com.br/www.apocalipsetotal.blogspot.com.br
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