A
IGREJA DE LAODICEIA, OU A IGREJA DO FIM DOS TEMPOS
Enfocando de forma muito superficial o
Apocalipse e os incríveis eventos que ele descreve, podemos deixar de apreciar
o surpreendente retrato da divindade e majestade de Jesus Cristo. Esta foi uma das
razão por que a Igreja Católica suprimiu o livro durante séculos. Os clérigos
podiam assim manipular mais facilmente as massas, retratando Jesus na forma que
mais agrada a Satanás: como outra figura terrena, derrotada, que necessita da
nossa piedade. A gloriosa verdade do fim dos tempos é que, a despeito de toda a
carnificina e ira, ele culminará no retorno triunfante de Cristo.
Como o principal narrador, Jesus Cristo
apresenta nas páginas do livro uma visão geral de toda a história da igreja,
desde sua fundação até o tempo final. Ao mesmo tempo em que proclama Sua
autoridade sobre a igreja, Ele faz uma avaliação do desempenho dela em cada um
dos sete períodos históricos consecutivos. Essa avaliação é feita na forma de
uma carta a cada uma das sete igrejas que existiam naquele tempo na Ásia Menor
(região oeste da Turquia). Os eruditos bíblicos do passado não viram a conexão
entre as sete igrejas locais e os sete períodos de tempo profético, mas os
eruditos dos últimos cem anos concordam que era isto exatamente o que o Senhor
tinha em vista. Esta interpretação é confirmada pelos eventos, em que o
desempenho de cada igreja é totalmente consistente com a avaliação profética
feita pelo Senhor Jesus.
Os sete períodos históricos desde a
fundação da igreja e o fim dos tempos são os seguintes:
• Igreja de Éfeso: anos 70-170
(duração: cerca de 100 anos).
Durante este período a igreja ainda
estava tentando criar uma base sólida e evitar as heresias que a atacavam de
todos os lados: "Conheço
as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os
maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os
achaste mentirosos... Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e
pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu
lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." [Apocalipse 2:2,5].
• Igreja de Esmirna, anos 170-312
(duração: cerca de 142 anos).
Solidamente firmada, a igreja ficou
exposta a uma pavorosa perseguição durante este período: "Conheço as tuas
obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem
judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. Nada temas das coisas que
hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que
sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e
dar-te-ei a coroa da vida." [Apocalipse 2:9-10].
• Igreja de Pérgamo, anos 312-606
(duração: cerca de 294 anos).
Durante este período, a igreja perdeu
muita de sua vitalidade, após a tomada do poder por prelados de alto nível
hierárquico em Roma. Cristo se refere a isto como a doutrina dos nicolaítas (da
palavra nikao, que significa conquistar, e laos, que significa
povo; assim, as estruturas de poder em Roma oprimiam os fiéis: "Assim tens
também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio." [Apocalipse 2:15].
• Igreja de Tiatira, anos 606-1520
(duração: cerca de 914 anos).
O centro de poder em Roma estava agora
dominando a igreja e corrompendo o verdadeiro evangelho. Ele também introduziu
um rito de sacrifício que era pagão em sua natureza e estabeleceu um falso
profeta como seu líder: "Mas
algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas Jezabel, mulher que se diz
profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam dos
sacrifícios da idolatria." [Apocalipse 2:20].
• Igreja de Sardes, anos 1520-1750
(duração: cerca de 230 anos).
A igreja ficou moribunda durante este
período. Até mesmo a Reforma, que deveria ter restaurado a verdadeira igreja de
Cristo, esteve mais preocupada com as questões políticas: "E ao anjo da
igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de
Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e
estás morto." [Apocalipse 3:1].
• Igreja de Filadélfia, anos 1750-1900
(duração: cerca de 150 anos).
A igreja rejuvenesceu durante este
período, com a ampla disseminação das traduções fidedignas da Bíblia
("guardaste a minha palavra") e um acentuado aumento no evangelismo e
na obra missionária: "Conheço
as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode
fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu
nome." [Apocalipse 3:8].
• Igreja de Laodiceia, anos 1900 em
diante (duração: ainda indeterminada).
Esta é a época em que estamos agora. O
zelo do período anterior foi perdido e a fé entre a maior parte dos cristãos
verdadeiros é morna. Esta é uma condição muito desagradável para o Senhor: "Conheço as tuas
obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim,
porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca." [Apocalipse
3:15-16].
Quanto tempo durará a época de
Laodiceia? Tudo indica que ela já esteja bem avançada e que poderá culminar a
qualquer momento no cenário de fim dos tempos descrito no Apocalipse. Vale a
pena observar que John Todd, um ex-membro de alto nível dos Illuminati,
acreditava que o fim da época estava iminente já no fim dos anos 1970. Muitos
outros analistas (atalaias posicionados sobre a muralha) acreditam que os
Illuminati já quiseram dar sua vigorosa marretada antes, mas as condições não
eram exatamente as corretas. Sabemos agora pela leitura do Apocalipse que os
eventos acontecerão, de modo que não há nada que possamos fazer para impedir.
Mas, como cristãos nascidos de novo, devemos fazer como Jesus mandou e observar
os sinais, nos preparar apropriadamente e pregar as boas novas como nunca
antes. Também devemos ter em mente que o Senhor é quem decide o calendário para
os eventos, não os Illuminati e nem as forças das trevas.
Fonte: www.espada.eti.br
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